Teses e Dissertações


OS ORGANISMOS INTERNACIONAIS E AS POLÍTICAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL

Autor: ROSÂNIA CAMPOS
Data: 02/01/2008
   Volumes e páginas: 1vol. 215p.    Tipo: Tese
Instituicao: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - EDUCAÇÃO
Orientador: ELOISA ACIRES CANDAL ROCHA
Biblioteca Depositária: Biblioteca Depositaria: 
Palavras-chave: Educação Infantil, Políticas Públicas, Organismos Internacional
Área de conhecimento: EDUCAÇÃO
Banca Examinadora: Luciana Esmeralda Ostetto, Lívia Maria Fraga Vieira, Maria Malta Campos, Olinda Evangelista
Linha de Pesquisa: ENSINO E FORMAÇÃO DE EDUCADORES MÚLTIPLAS DIMENSÕES DOS PROCESSOS PEDAGÓGICOS: A ÉTICA, A ESTÉTICA, A CULTURA E OS SUJEITOS ENVOLVIDOS NOS ESPAÇOS, TEMPOS E SABERES ESCOLARES. PLANEJAMENTO E GESTÃO DO TRABALHO ESCOLAR.
Agência Financiadora:
Idioma: Português
Dependência administrativa: Federal
Resumo: O objetivo desta pesquisa é analisar as relações entre a política nacional de educação infantil e as indicações produzidas por organismos internacionais atuantes na América Latina. De modo específico analisamos três grandes projetos: A Agenda Iberoamericana para a Infância e a Adolescência (AIIA), O Programa Iberoamericano de Educação (PIE) e o Projeto Regional de Educação para América Latina e Caribe (PRELAC). Para examinar essa relação analisamos os principais documentos de cada projeto buscando observar as concepções e a lógica que os sustentam, as divergências e similitudes e, por fim, suas indicações para os países. Com esse objetivo, nesse processo elegemos também os principais documentos orientadores e mandatários da política para educação infantil no Brasil. A partir do referencial de análise-teórica de Roger Dale observamos que determinadas orientações indicadas pelos organismos internacionais vão sendo apropriados pelos Estados e incorporados nas políticas educativas locais. Segundo as indicações, presentes nos projetos, a Educação infantil é uma importante estratégia no combate da pobreza e um meio para promover a eqüidade. Tendo esse objetivo, a indicação para a organização dessa modalidade educacional é um atendimento mais pautado na proteção, nutrição e educação das famílias para as crianças menores, e uma educação mais escolarizada para os maiores de 3 anos. Outro aspecto notório das indicações dos organismos internacionais na estruturação das políticas nacionais pode ser observado no protagonismo que as organizações não-governamentais e as famílias adquirem na educação das crianças menores de seis anos. Dessa forma, a educação infantil é apresentada e discutida nos projetos como uma medida compensatória, que deve privilegiar, como anunciam, as crianças e famílias em situação vulnerável. Em conseqüência o incentivo é para alternativas que diminuam os custos e atendam a um número maior de crianças, sendo a educação infantil categorizada como um serviço, um negócio privado, afastando e suplantando a concepção da educação infantil como um bem público de direito de todas as crianças e famílias. 


O Desenvolvimento Econômico da Venezuela, 1950/2006

Autor: ROMINA BATISTA DE LUCENA DE SOUZA
Data: 12/01/2008
   Volumes e páginas: 1vol. 159p.    Tipo: Tese
Instituicao: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - ECONOMIA
Orientador: Stefano Florissi
Biblioteca Depositária: Faculdade de Ciências Econômicas
Palavras-chave: Desenvolvimento econômico, Venezuela, Petróleo
Área de conhecimento: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Banca Examinadora: Júlio Cesar de Oliveira, Nilton Clóvis Machado de Araújo, Paulo Roberto Lessa Pinto
Linha de Pesquisa:
Agência Financiadora:
Idioma: Português
Dependência administrativa: Federal
Resumo: O objetivo desta tese é avaliar a contribuição do petróleo no desenvolvimento econômico da Venezuela, entre 1950/2006. Investiga-se por que uma economia rica em petróleo ainda não conseguiu industrializar-se. Seguindo os diferentes períodos governamentais, examinam-se a contribuição das políticas macroeconômicas sobre o desenvolvimento e a questão da doença holandesa e do capitalismo rentístico. Segundo a teoria da base econômica, as regiões crescem em torno de uma base exportadora, exercendo efeitos de encadeamento sobre o setor de mercado interno. A exportação de petróleo impulsiona a economia venezuelana ao comprar insumos e gerar rendas. A intervenção do governo transformou a Venezuela em um dos maiores exportadores de petróleo, cabendo à estatal PDVSA a extração, refino e exportação de petróleo. Contudo, o desenvolvimento da indústria venezuelana ficou prejudicado pelo capitalismo rentístico, paternalismo e populismos governamentais. A renda petrolífera acomodou as classes dirigentes e inibiu a formação do empresariado. Já a doença holandesa parece descartada pela tendência à desvalorização cambial e pela relação positiva entre crescimento das exportações e crescimento do PIB. Reduções dos preços internacionais do petróleo, evasão de divisas, inflação e aumento da dívida pública, entre outros problemas, dificultavam as finanças públicas e o desenvolvimento econômico do país. Ao longo do tempo, a Venezuela deixou de investir em projetos de desenvolvimento. Nos últimos anos, sobretudo, o governo tem priorizado os gastos sociais, em detrimento de investimentos produtivos. Os indicadores sociais mostraram melhorias após 2004, mas o crescimento econômico baseia-se no consumo, gerando pressões inflacionárias. Crises internacionais poderão comprometer o desenvolvimento econômico. Sugerem-se políticas de diversificação produtiva: alimentos e matérias-primas (agroindústrias, petroquímicos), diversificação das exportações, investimentos em ferrovias, portos mais ágeis e de menor custo, saneamento básico, agricultura irrigada, construção civil, educação técnica, saúde, previdência social e segurança pública. 


O papel dos Estados Unidos e da UNESCO na formulação e implantação da proposta pedagógica no estado do Paraná na década de 1960: o caso da educação no jardim de infância

Autor: MARTA CHAVES 
Data: 12/01/2008
   Volumes e páginas: 2vol. 210p.    Tipo: Tese
Instituicao: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - EDUCAÇÃO
Orientador: Ligia Regina Klein
Biblioteca Depositária: Biblioteca Central da Universidade Federal do Paraná
Palavras-chave: Educação Infantil, Jardim de Infância, Proposta Pedagógica
Área de conhecimento: EDUCAÇÃO
Banca Examinadora: Claudia Barcelos de Moura Abreu, Cleide Vitor Mussini Batista, Gracialino da Silva Dias, Ligia Regina Klein, Suely Amaral Mello
Linha de Pesquisa: Mudanças no Mundo do Trabalho e Educação A categoria fundante da investigação nessa linha é o trabalho em geral, como práxis humana, ou seja, trabalho em sua dimensão de produção da existência humana em suas múltiplas possibilidades.
Agência Financiadora:
Idioma: Português
Dependência administrativa: Federal
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo desvelar o caráter ideológico da proposta de Educação Infantil que orientou as práticas educativas nas salas de Jardim de Infância no Estado do Paraná na década de 1960. O ponto de partida é o contexto de industrialização que ocorreu no auge da Guerra Fria. No Paraná, sob a justificativa da defesa do desenvolvimento e do progresso, foram elaborados documentos – tanto normativos quanto pedagógicos – e projetos para organização das unidades educativas de ensino. A organização da educação no Estado se deu sob a tutela da ONU e da Unesco, que legitimaram a proposta de educação do Estado no período em questão. Nesta lógica, a defesa da democracia e do civismo constituiu o princípio basilar numa sociedade, contraditoriamente, marcada pelo golpe militar de 1964. A realização desta pesquisa esteve amparada nos pressupostos teóricos marxistas que orientaram a compreensão da função do imperialismo estadunisdense neste contexto. A análise dos documentos orientadores do Estado para a educação pré-primária revela que as orientações oficiais se amparavam na Escola Nova, cujos princípios foram reapresentados e fortalecidos na segunda metade do século XX e atenderam às particularidades da educação paranaense e brasileira, num período em que se defendia a educação voltada para a formação da classe trabalhadora. A formação da criança para a convivência democrática ocorreu numa escola ativa e produtiva, onde a preparação para a alfabetização e a competência no primário eram propaladas como condições para uma vida promissora. Neste contexto, hábitos e condutas na vida social como o civismo e o amor ao trabalho fizeram parte da formação da criança. Documentos e práticas educativas estavam sob a orientação estadunidense, o que contribuiu para fortalecer a manutenção da hegemonia do capital no mundo do trabalho. 


CONCEPÇÕES DE FORMAÇÃO DAS EDUCADORAS DE INFÂNCIA EM PORTUGAL E DAS PROFESSORAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL: O DISCURSO DOS INTELECTUAIS (1995-2006)

Autor: MARILENE DANDOLINI RAUPP
Data: 06/01/2008
   Volumes e páginas: 1vol. 231p.    Tipo: Tese
Instituicao: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - EDUCAÇÃO
Orientador: ALESSANDRA ARCE; MARIA CÉLIA MARCONDES DE MORAES
Biblioteca Depositária: BU
Palavras-chave: Formação de professores, Educação Infantil, conhecimento.
Área de conhecimento: EDUCAÇÃO
Banca Examinadora: Lígia Márcia Martins, Marilda Gonçalves Dias Facci, Márcia Regina Goulart da Silva Stemmer, Patrícia Laura Torriglia
Linha de Pesquisa: EDUCAÇÃO, HISTÓRIA E POLÍTICA ESTUDOS E INVESTIGAÇÕES SOBRE ASPECTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS NO ÂMBITO DA RELAÇÃO EDUCAÇÃO, HISTÓRIA E POLÍTICA, TAIS COMO MEMÓRIA DA FORMAÇÃO DA REDE DE ENSINO DA FORMAÇÃO DOCENTE; ESTADO E SOCIEDADE, CULTURA E HISTÓRIA. IDENTIDADES.
Agência Financiadora:
Idioma: Português
Dependência administrativa: Federal
Resumo: Este trabalho é uma pesquisa teórico-bibliográfica no campo científico da Educação. Objetiva examinar e analisar como tem sido entendida a formação das educadoras de infância e professoras de Educação Infantil na produção científica portuguesa e brasileira no período de 1995-2006. Trata-se, portanto, de averiguar o conteúdo teórico, ou seja, a base epistemológica sobre a qual se constrói a concepção dessa formação presente: 1) nas teses, nos livros e nos artigos de autoria de pesquisadores portugueses que têm exercido importância na difusão do tema; 2) e em textos brasileiros referentes aos trabalhos sobre formação de professoras de Educação Infantil apresentados nas reuniões anuais da Anped (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação) no grupo de trabalho Educação de Criança de 0 a 6 anos (GT 07). A partir da década de 1990, uma série de críticas advindas da esfera científica direcionam-se tanto às políticas para a formação docente quanto às produções científicas da educação, entre as quais a Educação Infantil. Estas críticas incidem, sobretudo, sobre o esvaziamento do conteúdo da escola e também do próprio conhecimento na formação de professores. A maioria destes estudos inclui análises sobre o construtivismo, bem como sobre suas novas filiações a outras tendências, evidenciando sua forte vinculação a processos ideológicos mais amplos, isto é, às políticas neoliberais articuladas ao pensamento pós-moderno. A partir desta problemática, o trabalho seguiu uma metodologia comparativa por meio do método que evidencia a primazia da ontologia do ser social. Para isso, buscou referências entre autores clássicos e atuais, em particular Georg Lukács e Agnes Heller, os quais, baseando-se fundamentalmente em Marx, elaboraram uma ontologia do ser social, em que os processos sociais são analisados com base científica e filosófica que permite a compreensão de seus complexos e contraditórios movimentos. A pesquisa possibilitou demonstrar que as definições políticas de cada país, no campo da educação das crianças de 0 a 6 anos, geraram a maioria das concepções de formação das educadoras de infância e das professoras de Educação Infantil nas produções científicas portuguesas e brasileiras analisadas, evidenciando que o percurso dessa formação é resultado da articulação de tempos e influências; que as concepções de formação presentes nas produções científicas dos dois países apresentam diferentes conceitos, tendo a maioria deles, no entanto, os mesmos aportes epistemológicos reveladores de uma formação centrada no "cotidiano em si", cujo significado se expressa no "esvaziamento do conhecimento" nessa formação e se objetiva na "desintelectualização" tanto das educadoras de infância portuguesas quanto das professoras de Educação Infantil brasileiras. 


Globalização e educação: a formação do comunicador social na América Latina

Autor: MARICI CRISTINE GRAMACHO SAKATA
Data: 03/01/2008
   Volumes e páginas: 1vol. 314p.    Tipo: Tese
Instituicao: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO
Orientador: Maria Aparecida Baccega
Biblioteca Depositária: ECA/USP
Palavras-chave: Sociabilidade virtual, ambientes virtuais, virtualidade.
Área de conhecimento: COMUNICAÇÃO
Banca Examinadora: Afrânio Mendes Catani, Clóvis de Barros Filho, Margarida Maria Krohling Kunsch, Maria Aparecida Baccega, Rosamaria Luiza de Melo Rocha
Linha de Pesquisa: Projeto Isolado Linha de Pesquisa de Projetos Isolados
Agência Financiadora: OUTROS
Idioma: Português
Dependência administrativa: Estadual
Resumo: Considerando as tecnologias digitais de comunicação como parte condicionante do ambiente social contemporâneo, esta pesquisa teve como objetivo realizar um estudo exploratório sobre a sociabilidade no e do ambiente virtual, através do cruzamento entre a experiência narrada e vivida pela pesquisadora nesses ambientes e diferentes teorias sociais. Através da imersão em dois tipos distintos de agrupamento virtual, Second Life e BarCamp, buscou-se encontrar elementos que possibilitassem um diálogo entre a concepção de “situação social” e como ela se apresenta em ambientes virtuais. Para tanto, procurou-se considerar a discussão acerca da dualidade entre conceitos de real e virtual, que muitas vezes pode invalidar a importância de novos tipos de relações sociais, simplificando sua complexidade e impedindo melhor análise de suas especificidades. 


"Memórias de Angola e vivências no Brasil: educação e diversidade étnica e racial."

Autor: MARCIELE NAZARE COELHO
Data: 12/01/2008
   Volumes e páginas: 1vol. 197p.    Tipo: Tese
Instituicao: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - EDUCAÇÃO
Orientador: Roseli Rodrigues de Mello
Biblioteca Depositária: Biblioteca Comunitária da UFSCar
Palavras-chave: Diversidades, memórias, processo educativo.
Área de conhecimento: EDUCAÇÃO
Banca Examinadora: Amadeu José Montagnini Logarezzi, Dulce Consuelo Andreatta Whitaker, Emilia Freitas de Lima, Olga Rodrigues de Moraes Von Simson, Roseli Rodrigues de Mello
Linha de Pesquisa: Processos de Ensino e Aprendizagem em diferentes contextos Investigação, numa perspectiva historico-evolutiva, da epistemologia e seus aspectos didático-metodológicos. (linha de pesquisa desativada cujos projetos foram inseridos na nova linha de pesquisa Teorias e prática pedagógicas e em educação)
Agência Financiadora: CAPES - DS
Idioma: Português
Dependência administrativa: Federal
Resumo: As transformações ocorridas nos diferentes países, como as aproximações de mercado, novas formas de comércio, as imigrações e os contatos, geraram novos contextos sociais, econômicos e culturais. Esses contextos modificam também as relações dentro da escola. A presença de uma grande diversidade de culturas, etnias, línguas faz emergir na escola novas relações, formas de conceber o ensino e a aprendizagem, demandando que a diversidade seja incorporada numa relação de diálogo, para que as diferenças entre as pessoas possam se expressar como processo de valorização de todas e todos. É nessa perspectiva que a presença de angolanos no Brasil é focalizada na presente pesquisa. Dois pressupostos deram base ao estudo: a experiência de emigrante fortalece as memórias de quem deixou seu lugar de nascimento e a de imigrante permite análise do novo lugar de vida a partir do contraste com o lugar de origem. A partir destes pressuposto os, tomou-se como objeto de pesquisa a vivência da diversidade étnico-racial na escola brasileira, a partir da análise de contraste que mulheres angolanas são capazes de fazer, ao se reportarem à sua própria vivência lá e cá, bem como à de suas filhas. Mais especificamente, o objetivo do estudo foi compreender, a partir da memória de mulheres negras angolanas, as análises que podem realizar e contribuições que podem oferecer à discussão sobre questões relativas à inserção na escola, modos de aprender, relações e convivências nesse espaço, ressaltando as vivências referentes à diversidade cultural, étnica e racial. Por meio de uma série de relatos comunicativos com duas mulheres angolanas, residentes em São Carlos, no Brasil, buscou-se, primeiro, contextualizar a escola em Angola no passado e o processo de escolarização no Brasil, bem como captar o olhar que desenvolveram acerca da escolaridade de seus descendentes no novo país. Depois, relatos comunicativos em profundidade com uma terceira mulher angolana, que há pouco tinha retornado a Angola, vinda de experiência no Brasil por 17 anos, possibilitaram também contextualizar a escola que viveu em Angola no passado, assim como o próprio processo de escolarização no Brasil, bem como o de seus descendentes no país estrangeiro; a volta ao país de origem, permitiu a percepção de elementos sobre as vivências no Brasil que explicitaram processos de racismo. Com base na metodologia crítico-comunicativa, a análise de dados foi feita a partir dos relatos, do grupo de discussão e das análises realizadas pelas angolanas, bem como organizados os sumários com as percepções das angolanas, o que nos possibilitou estabelecer categorias e subcategorias de análise. Pode-se afirmar, como resultados, que as vivências no contexto da escola angolana e as articulações com as experiências das angolanas revividas pela memória possibilitaram-lhes reconstruir não apenas o seu passado de escolaridade, mas também reflexões acerca do presente. Essas mulheres apresentaram importantes contribuiçõeos a respeito de ações ocorridas e a desenvolver dentro da escola, no sentido de relações interculturais com base na igualdade de diferenças; apontaram a convivência intensa entre crianças de origens sociais, econômicas, culturais diferenciadas como algo a ser explorado e a transformação de datas comemorativas em processos de aprendizagem da vivência igualitária. 


Estudo comparativo entre Brasil e Portugal sobre diferenças nas ênfases curriculares de Matemática a partir da análise do Funcionamento Diferencial do Item (DIF) do PISA 2003

Autor: GLAUCO DA SILVA AGUIAR
Data: 07/01/2008
   Volumes e páginas: 1vol. 246p.    Tipo: Tese
Instituicao: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - EDUCAÇÃO
Orientador: Francisco Creso Junqueira Franco Jr.
Biblioteca Depositária: Biblioteca Cental
Palavras-chave: Funcionamento Diferencial do Item (DIF), Educação
Área de conhecimento: EDUCAÇÃO
Banca Examinadora: Alícia Maria Catalano de Bonamino, Maria Isabel Ramalho Ortigão, Mônica Rabello de Castro, Tufi Machado Soares, Wagner Bandeira Andriola
Linha de Pesquisa: Educação, Relações Sociais e Construção Democrática Esta linha de pesquisa investiga o tema da democratização da educação. Inclui a análise de políticas macrossociais e de práticas formuladas e implementadas no contexto das famílias e de instituições educacionais. Enfatiza a compreensão tanto dos processos
Agência Financiadora: CAPES
Idioma: Português
Dependência administrativa: Particular
Resumo: Este estudo compara as diferenças nas ênfases curriculares em Matemática no Brasil e Portugal a partir dos resultados do Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes (PISA) no ano de 2003. Deste programa participam jovens de 15 anos de idade dos países membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e também de países convidados em uma perspectiva de avaliar habilidades e conhecimentos requeridos para uma atuação efetiva na sociedade. Com base na literatura sobre currículo a ensinar, ensinado e aprendido, o estudo parte do pressuposto que os resultados de diversos países em avaliações internacionais constituem-se uma estratégia para a análise do currículo aprendido e das ênfases pedagógicas na área da Matemática. O trabalho utiliza como metodologia a análise do Funcionamento Diferencial do Item (DIF) para identificar as diferenças curriculares, como também de abordagens pedagógicas e socioculturais. Um item apresenta funcionamento diferencial quando, alunos de diferentes países que possuem a mesma habilidade cognitiva, não têm a mesma probabilidade de acertarem o item. Os resultados mostram que alguns itens de Matemática apresentam funcionamento diferencial entre alunos brasileiros e portugueses. Os aspectos que explicam este funcionamento diferencial estão relacionados com ênfases diferenciadas não apenas em determinados conteúdos da Matemática, mas também de processos cognitivos e do formato do item. 


O desenho nas escolas luso-brasileiras: a história de uma disciplina visualizada a partir dos livros didáticos oitocentistas

Autor: GLAUCIA MARIA COSTA TRINCHÃO
Data: 03/01/2008
   Volumes e páginas: 1vol. 494p.    Tipo: Tese
Instituicao: UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - EDUCAÇÃO
Orientador: Flávia Obino Corrêa Werle
Biblioteca Depositária: Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
Palavras-chave: História da educação luso-brasileira, transposição
Área de conhecimento: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Banca Examinadora: Ariclê Vechia, Beatriz Terezinha Daudt Fischer, Flávia Obino Corrêa Werle, Maria Cecilia Bueno Fischer, Maria Helena Camara Bastos
Linha de Pesquisa: EDUCAÇÃO, HISTÓRIA E POLÍTICAS Investiga políticas e processos vinculados à educação básica em diferentes configurações históricas e contextos sociais e educacionais. 
Agência Financiadora: Ford - Foundation International Fellowships Program
Idioma: Português
Dependência administrativa: Particular
Resumo: Este estudo, intitulado O Desenho nas escolas luso-brasileiras: a história de uma disciplina visualizada a partir dos livros didáticos oitocentistas, nasce a partir da insatisfação com o já-sabido: a ênfase dada à cultura grafocêntrica ao longo de toda a História da Educação. Objetiva diminuir a lacuna nos estudos sobre a disciplina de Desenho, principalmente no século XIX e identificar as raízes históricas do processo de transformação do conhecimento em Desenho em objeto de ensino para as escolas públicas luso-brasileiras. Trabalha em uma postura histórica, crítica e reflexiva e retoma a concepção da disciplina escolar como uma forma de Transposição Didática. Trata o livro didático - compêndios e manuais – como materializadores e socializadores do saber, como objeto cultural e suporte da memória escolar. Analisa obras francesas, portuguesas e brasileiras a partir de categorias como a “Obra", o “Conteúdo”, os “Processos didáticos”, os “Autores” e seus “Interlocutores”. Conclui, grosso modo, que a didática do Desenho luso-brasileira tem suas bases em idéias apresentadas desde Comenius e principalmente por Pestalozzi e é fruto do iluminismo francês a partir do manual ou “Método Francoeur” de Desenho Linear (1819), de Louis-Benjamin de Francoeur. Essa obra foi considerada como o best seller da produção didática em Desenho e divide o saber em Desenho em Linear e Geométrico, medido pela instrumentalização da mão. Este trabalho investigatvo analisa também as obras dos professores/autores portugueses Theodoro da Motta e José Miguel de Abreu e dos brasileiros Abílio César Borges, Olavo Freire e Manuel Raymuno Querino. Esses autores, entretanto, trataram do Desenho Linear mesmo que inserindo modificações e variações conceituais, associando-o a novas propostas didáticas como ora a a priori, ora a estigmográfica e ora a intuitiva. Esse saber sofre variações conceituais por influências austríaca, inglesa e americana, que ampliam o espaço de inserção e fragmentam o conhecimento em Desenho. A produção lusa se diferencia da brasileira pelo aspecto quantitativo, pela extensão do conteúdo selecionado, pela qualidade da organização da obra e das imagens e pela complexidade do conteúdo didatizado. Os ideais iluministas franceses de socialização do Desenho Linear a partir das escolas primárias desfaz a idéia de que nas escolas públicas de primeiras letras só se ensinava o ler, o escrever, e o contar. 


RECONFIGURAÇÃO DOS MODELOS DE UNIVERSIDADE PELOS FORMATOS DE AVALIAÇÃO: EFEITOS NO BRASIL E PORTUGAL

Autor: GLADES TEREZA FÉLIX
Data: 02/01/2008
   Volumes e páginas: 1vol. 280p.    Tipo: Tese
Instituicao: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - EDUCAÇÃO
Orientador: DENISE BALARINE CAVALHEIRO LEITE
Biblioteca Depositária: Biblioteca Setorial de Educação
Palavras-chave: Avaliação institucional?, universidade?, Ensino superior
Área de conhecimento: EDUCAÇÃO
Banca Examinadora: Francisco de Paula Marques Rodrigues, Maria Estela Dal Pai Franco, Marlis Morosini Polidori
Linha de Pesquisa: EIXO TEMÁTICO 2: POLÍTICAS DE FORMAÇÃO, POLÍTICAS E GESTÃO DA EDUCAÇÃO Voltado para as políticas que atravessam o campo da educação nas suas mais variadas intencionalidades e nos múltiplos campos do fazer-pensar em que se projeta o ato educativo.
Agência Financiadora:
Idioma: Português
Dependência administrativa: Federal
Resumo: Esta tese situa-se na fronteira das tensões entre regulação social e emancipação social entendidas no debate geral das políticas de educação superior. Tais políticas estão vinculadas às estratégias de inserção da economia nas grandes transformações que vêm ocorrendo na base produtiva do capitalismo em âmbito mundial. Nesse contexto são instaurados programas de avaliação institucional que podem alterar os modelos de curso e de IES com o intuito de atender aos interesses da sociedade e do capital. Neste âmbito situa-se o objetivo desta tese – investigar os efeitos e as mudanças promovidas pelos processos de avaliação institucional externa nos modelos de universidade. A revisão de literatura destacou as concepções clássicas e contemporâneas de universidade e suas influências na construção de tipos, formatos e modelos de IES. Estudou-se também a agenda política dos organismos internacionais (Banco Mundial e UNESCO) com ênfase no binômio diferenciação e diversificação bem como a agenda dos processos de internacionaliarização e transnacionalização da Educação Superior influentes sobre os modelos das instituições contemporâneas. Igualmente fazem parte do corpo teórico que sustenta esta tese os modelos de avaliação existentes na literatura e seus enfoques político-filosóficos: liberalismo, fenomenologia e socialismo sem fim. O estudo metodológico de caráter exploratório e descritivo incluiu dados, fatos e fenômenos, que constituíram dois estudos de caso relativos a avaliações externas de dois cursos de graduação, um Curso de Medicina de universidade confessional do Brasil e um Curso de Microbiologia de universidade confessional de Portugal. Para elaborar os estudos de caso foram coletados depoimentos orais através de entrevistas in locu, analisados documentos e legislação dos dois países. As informações obtidas permitem apontar exemplos de mudanças resultantes das avaliações tanto na IES brasileira quanto na IES portuguesa. Aponta-se que os enfoques de avaliação externa vivenciados por estas IES, na sua época e contexto, alteraram o status da IES no caso brasileiro e o perfil do curso no caso português. Em ambas as instituições foram introduzidas melhorias nos cursos decorrentes das recomendações dos processos avaliativos externos.


 A leitura de jornais impressos e digitais em contextos educacionais: Brasil e Portugal

Autor: ADRIANA PASTORELLO
Data: 10/01/2008
   Volumes e páginas: 1vol. 255p.    Tipo: Tese
Instituicao: UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO/MARILIA - EDUCAÇÃO
Orientador: JUVENAL ZANCHETTA JUNIOR
Biblioteca Depositária: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - MARÍLIA
Palavras-chave: Leitura, jornal impresso, jornal on-line.
Área de conhecimento: EDUCAÇÃO
Banca Examinadora: Juvenal Zanchetta Junior, Norma Sandra de Oliveira Ferreira, Raquel Lazzari Leite Barbosa, Valdir Heitor Barzotto
Linha de Pesquisa: ABORDAGENS PEDAGÓGICAS DO ENSINO DE LINGUAGEM Conceitos e prát. de leitura. Proc. de letramento. Leitura e repr. sociais. A prod. textual escrita nas sér. iniciais do E. F. Estr. de comunicação. Inserção dos meios de com. na escola bras. A ed. de crianças de 0 a 10 anos na perspect. hist. cultural.
Agência Financiadora:
Idioma: Português
Dependência administrativa: Estadual
Resumo: Essa pesquisa parte da existência de um novo fenômeno, a cibercultura, que implementa um novo espaço de leitura, com ferramentas que possibilitam a construção de novas práticas, interferindo na formação do leitor em processo e modificando-a. A leitura do jornal impresso e do jornal on-line é o objeto de análise desta tese. Com o objetivo de compreender e discutir os indícios que se destacam nessas práticas de leitura em contextos educacionais diferentes foram selecionadas seis professoras e trinta alunos, entre 9 e 10 anos, de quatro escolas públicas, sendo uma do Brasil e três de Portugal. Ao estudar duas realidades histórico-culturais diferentes, mas com o uso da mesma língua, a tese tem o objetivo de contribuir para o avanço nas pesquisas em educação e de levantar questões e reflexões sobre novas tecnologias que surgem no contexto social e, particularmente, no escolar. Trata-se de uma investigação de cunho essencialmente qualitativo e interpretativo. Metodologicamente, o trabalho de pesquisa foi dividido em duas partes: a primeira, foi realizada uma experiência de ensino com 6 alunos brasileiros de uma escola pública de Marília, cujo suporte metodológico foi a pesquisa-ação. A metodologia escolhida para o desenvolvimento da primeira parte deste estudo visava a encontrar indícios de práticas de leitura do jornal impresso transportadas para situações de leitura do jornal on-line. As aulas de leitura do suporte eletrônico e do impresso foram gravadas em vídeo e os relatos verbais dos alunos gravados em fitas cassetes. Na segunda parte da pesquisa, um estudo etnográfico, tem como instrumento principal de coleta a observação e a entrevista semi-estruturada, realizada tanto com professores, como com alunos do Brasil e de Portugal, com o propósito de investigar o uso do jornal impresso e on-line em salas de aula, bem como a relação de alunos e professores com esse material. Fundamentam o quadro teórico desta pesquisa as idéias de Bakhtin e de Vigotsky, porque há aproximações teóricas entre os dois pressupostos, já que ambos sustentam seus enunciados no âmbito da filosofia marxista. Neste estudo, destacam-se as contribuições de Bakhtin acerca da natureza social da linguagem e de sua constituição dialógica e as de Vigotsky sobre o desenvolvimento humano, o aprendizado e a importância das interações na construção do conhecimento. Também de grande importância teórica, destacam-se autores como Roger Chartier, Jean Foucambert e Frank Smith no que diz respeito às questões da história, práticas e concepção de leitura. Quanto à dimensão filosófica das tecnologias da inteligência fazem-se presentes as reflexões de Lévy. A análise dos dados revela que não é suficiente a tecnologia estar presente na sala de aula. É preciso que se faça uso dela. Não basta proporcionar o contato físico, mas é preciso de uma forma especial ensinar o aluno a usar a tecnologia da escrita, independentemente do suporte em que se encontra. A tese comprova que a capacidade para usar o computador como instrumento de leitura está além de aprender comandos da máquina, mas em criar condições para o aluno se apropriar dessa capacidade a que chamamos leitura. Durante esse trajeto, foi possível observar que, no âmbito escolar, o encontro do leitor com o jornal ainda é insuficiente e seu uso não faz parte da programação das escolas. Os alunos-sujeitos portugueses têm indícios de facilitação maior de apropriação desse suporte, particularmente na grande Lisboa, onde jornais são gratuitamente distribuídos.